Ensinar emoções para os pequenos não é só importante, é essencial. Falar sobre o que sentimos, nomear essas sensações, pode parecer simples, mas tem um poder enorme, tanto para nós quanto para os pequenos em desenvolvimento. Marcelle Waldman compartilhou um montão de dicas valiosas sobre o assunto, e eu vou tentar passar isso pra você de um jeito mais leve e fácil de entender.
Desde o começo, é bom saber que todos nós, incluindo as crianças, sentimos um mix de emoções, desde alegria e surpresa até raiva e medo. E olha, não nascemos sabendo dar nome a esses sentimentos. A criançada mostra o que sente através de expressões faciais, linguagem corporal e comportamentos diversos. É nosso papel dar a elas as ferramentas para se expressarem de um jeito saudável, ensinando-as a entender e a comunicar o que sentem.
Um ponto crucial aqui: não é sobre ensinar as crianças a nunca sentirem raiva, por exemplo, mas sim como lidar com essa raiva. Desde bebês, eles já começam a mostrar seus sentimentos, e a maneira como respondemos a isso é fundamental. Um simples gesto, como acalmar um bebê assustado com um barulho alto, já é uma interação rica e ensina muito sobre reconhecer e lidar com emoções.
Crianças que aprendem a identificar, expressar e gerenciar suas emoções de forma saudável tendem a ter resultados super positivos na vida. Elas podem ser mais empáticas, se sair melhor na escola, criar relacionamentos mais saudáveis, e por aí vai.
Mas então, como a gente faz isso? Bom, tem várias maneiras:
- Modelar a expressão de emoções: Ser um exemplo é a ferramenta número um. Mostrar e falar sobre nossas próprias emoções ensina muito aos pequenos. Eles estão sempre observando e escutando, então mostrar a eles como lidamos com nossos sentimentos é super importante.
- Encontrar os pequenos no nível dos olhos: Isso passa uma mensagem de segurança e cuidado. Fazer contato visual, ou simplesmente se abaixar para ficar na mesma altura que eles, faz toda a diferença, especialmente em momentos de emoções intensas.
- Fazer declarações de apoio: Ajudar as crianças a nomear o que sentem com frases como “Parece que você está se sentindo triste”, é um grande passo para que elas entendam suas próprias emoções.
- Dar permissão para sentir: É crucial que as crianças saibam que está tudo bem em sentir o que estão sentindo. Estabelecer limites de comportamento, claro, mas validar os sentimentos delas.
- Oferecer segurança: Deixar claro que estamos lá para elas, oferecendo um ombro amigo ou um abraço quando desejado.
- Ouvir e validar: Escutar o que as crianças têm a dizer sobre seus sentimentos sem julgar é essencial, assim como validar esses sentimentos e mostrar empatia.
- Ajudar na regulação emocional: Incentivar as crianças a encontrar maneiras de se acalmarem, apresentando a elas diferentes estratégias de enfrentamento e ajudando-as a escolher as que funcionam melhor para cada uma.
- Resolver problemas juntos: Trabalhar na resolução de problemas em momentos calmos pode aumentar a confiança delas e melhorar sua capacidade de tomar decisões mais acertadas no futuro.
- Seguir em frente: Ensinar as crianças a se recuperarem de emoções difíceis é fundamental. Isso pode ser feito através de atividades conjuntas ou incentivando-as a voltar a brincar com os amigos, por exemplo.
Além disso, há uma série de atividades diárias e específicas que podem ajudar nesse processo, como usar uma “roda de emoções” para as crianças identificarem como estão se sentindo, encorajar o uso de palavras relacionadas às emoções, e até atividades de leitura que exploram o tema.
Por fim, é importante lembrar que cada criança é única e vai reagir de maneira diferente a essas estratégias.